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Fui desligado, e agora? O que fazer depois do desligamento

Atualizado: 15 de ago.

O anúncio do desligamento pode tirar o chão de quase todas as pessoas, mesmo quando o contexto já não está favorável ou quando imagina-se que isso pode acontecer.

Muitos colocam a carreira no centro da vida e a demissão pode gerar um sentimento de rejeição. É um eterno mistério essa atmosfera de divórcio que envolve uma demissão. Mas é importante compreender que alguns ciclos terminam e que esse é o momento de reorganizar as ideias e focar as energias no lugar certo, direcionando-as a um novo objetivo: a recolocação. 😳


Algumas empresas, como a que eu trabalho, estão aprimorando o desligamento humanizado, buscando a sensibilidade necessária com o colaborador que está prestes a receber uma notícia impactante. Pensando desde os dias que antecedem, escolhendo a melhor data, horário e forma para comunicar, refletindo como garantir as orientações trabalhistas e como conduzir o relacionamento nas etapas seguintes.


Por mais que se tome cuidado com o tom e a mensagem, após o impacto da notícia, o profissional, geralmente, assimila pouquíssimas informações. É aqui que entra nossa postura humanizada. Precisamos cumprir as obrigações legais, mas é primordial respeitar o tempo emocional de cada um.


O apoio, nesse momento, não pode se restringir a uma carta de recomendação fria, padrão e descompromissada. Uma empresa eticamente comprometida e socialmente responsável deve oferecer as orientações e suporte por meio do profissional de RH e do gestor.


No último ano, optamos por dar um salto no desconhecido e romper com essa lógica de melindre. Falamos abertamente sobre suporte e começamos pelo óbvio, perguntando à pessoa: “Você aceita ajuda?”. A soma da sinceridade com a sensibilidade é um ingrediente indispensável de todo o processo.


Percebemos cada vez mais que as mudanças na nossa sociedade influenciam em todas as esferas, incluindo o mercado de trabalho. As organizações do futuro exigem um relacionamento humanizado, onde as atitudes impessoais não têm vez. Isto é diálogo aberto e senso de pertencimento, independente da etapa na trajetória com a empresa. É cuidar do colaborador em toda sua experiência, da contratação até o final do seu ciclo.


A recolocação

O desemprego tem uma conotação pejorativa na nossa cultura por toda a representação simbólica que ele carrega ao longo da história. É um estigma.

O que fazer depois do desligamento?
Blog farol+ | Fui desligado, e agora?

O mercado ainda rotula o profissional que foi demitido como alguém que não é bom o bastante, o que é um entendimento errôneo pois ignora os inúmeros elementos que envolvem as dinâmicas de trabalho, que não necessariamente estão ligados à qualidade.


Assim como as pessoas, as instituições são dinâmicas. Tudo muda o tempo todo: os negócios, os projetos, o posicionamento de mercado, as estratégias de comunicação e a gestão das pessoas. É natural que depois de algum tempo a conexão entre os profissionais mude também.


Além disso, nunca falamos tanto sobre longevidade. A vida laboral está cada vez mais longa, e praticamente dobrou em comparação à geração passada. E, as relações profissionais são feitas de ciclos, que precisam de desfechos para que oportunidades novas desabrochem, para que a vida se renove. É saudável e necessário.


Mas, se as pessoas se renovam no encontro com o novo, por que ainda é tão difícil conversar com recrutadores sobre os motivos de uma saída? 🫣


Recrutadores, entendam que os processos seletivos ainda são duros e permeados de julgamentos.


Candidatos, o que está em pauta é a sua capacidade de atender ao novo desafio profissional e não ao antigo. A oportunidade que está a sua frente tem características próprias e específicas. Porém, nada de ingenuidade corporativa, cuidado com a comunicação.


Lição 1 – Foco na autoconfiança

Antes de começar os esforços para a sua recolocação, sugiro que você escreva uma autobiografia. Crie uma narrativa da sua trajetória profissional. 👩🏽‍💻 Comece lá na infância e siga com interesse por cada fase.


Como você era na escola? Quais atividades educacionais e culturais formaram o seu jeito de pensar, analisar, contextualizar e tomar decisões? Quais são os elementos que constituem o seu estilo pessoal e profissional?


Descreva cada experiência profissional apreciando o aprendizado das situações, dos encontros e das pessoas. Resgate cenas engraçadas, todos os momentos de leveza e também os de superação.


Leia algumas vezes o texto final e transforme em um processo amoroso de autoconhecimento e autoconfiança. Conhecer-se é importante para planejar os passos futuros da sua carreira e entender quais novos desafios você gostaria de desbravar.


Lição 2 – Portfólio

Reveja o seu portfólio pessoal. Mantenha todos os seus projetos organizados com primor. Essa é a sua bagagem pessoal e manter tudo organizado ajudará muito a partir daqui.


Lição 3 – Currículo

Chegou a hora de atualizar o currículo e o LinkedIn. Não vou gastar muito tempo aqui, porque já existem muitos conteúdos de qualidade disponíveis no YouTube e nos sites das consultorias de recrutamento.


A minha recomendação será mais qualitativa. Em tempos de elevator pitch, construa o seu CV pitch. 📄


O recrutador não precisa de 3 páginas, fonte tamanho 8. Fuja do textão. Seja assertivo ao escrever. Foque na experiência e nas entregas que realmente importam para a função.


Adapte o currículo para cada candidatura. Nada de bula de remédio. Cuide do layout, que deve favorecer a leitura do que importa para a vaga em questão. Se esforce para tornar o seu currículo convidativo, imagine que ele será, normalmente, a sua primeira apresentação, e por isso precisa ser envolvente.


Lição 4 – Planejamento

Crie o seu planejamento de recolocação, começando pelo objetivo. O que você está buscando? Segmentos, cargos, salário fixo e variável mínimos, benefícios, distância da sua casa, disponibilidade para viagens, home office, escopo de liderança, nível de autonomia... O total cash deve incluir tudo, inclusive a qualidade de vida que você deseja.


Porém, já adianto o próximo exercício: quais aspectos dessa lista você poderia flexibilizar ou abrir mão em uma negociação? 🤔


Lição 5 – Go to market

Avise as pessoas mais próximas. Aquelas que podem formar sua rede de apoio inicial, que você está buscando recolocação. 🫂


O que fazer depois do desligamento?
Blog farol+ | O que fazer depois de ser desligado

Em seguida, inicie a formação da rede de colaboração que te ajudará a chegar nas vagas divulgadas e não divulgadas.


Foi dada a largada para a temporada de cafés, almoços e happy hours. Como diz o ditado popular: quem não é visto, não é lembrado.


A força da raça humana está na colaboração! Pessoas isoladas e desconectadas perdem essa fortaleza instintiva.


Lição 6 – Dicas de ouro para as entrevistas

Treine a entrevista em casa, sobretudo, em outros idiomas. Grave no celular e assista na sequência. Repita este ensaio diversas vezes.


Vale refletir sobre o que “pega bem” e o que “pega mal” na sua área, mas evite colocações vazias, considerando aquilo que o entrevistador quer saber. Apresente a sua experiência com firmeza, propriedade e leveza. Ninguém sabe mais dela do que você. 😉


Importante: não cometa “sincericídios”! Não fale sobre questões que você precisa desenvolver, se não for questionado ou realmente necessário. Fique tranquilo, o recrutador tem o briefing da vaga e passará por todos os aspectos mais relevantes, sobretudo os inegociáveis.


Mesmo nos dias mais difíceis da busca, tenha uma atitude ativa e positiva, fuja da procrastinação e estabeleça uma rotina de trabalho pela sua recolocação. Mas, aproveite esse tempo também para se cuidar. A ansiedade é má conselheira e ela vai tentar roubar a sua atenção para o essencial nesse momento, a sua saúde emocional.


Sucesso na recolocação! 💜

Sucesso na recolocação!

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